6 de mar. de 2012

Castelo de dor

Na realeza, contemplo a ostentação do poderio e da beleza
A feiúra de tais palácios nem poderia chegar a alcaide
Maravilhas habitam a maligna morada da rainha poderosa
Formada do sofrer de muitos, por sua honrosa lealdade

Janelas que revelam da alma a escuridão e perversidade
Jardins negros que em sua lisura e brilhante forma longa
Revelam a má escravidão que daquele reino faz sua cidade
A base larga e branca do castelo, por muito se prolonga

Sólidas torres de pedras e ouro de muitos tiraram o alimento
Os poços da nobreza, as águas dos pobres do povo tomaram
Os vinhos que regaram as festas nobres custaram o suor e luto
Dos plebeus que nas vinhas se sacrificaram e os ricos roubaram

Os impostos levavam a esperança e a comida da criança
Os saques em nome dos altos, levavam de muitos toda a vida
Marcada por calos e sangue derramado na luta e perseverança
Daqueles que ansiavam um futuro melhor com tanta lida

Amo vossos corações, mesmo que não amem o meu.
Uli Teffann



Um comentário:

Priscila Rodrigues disse...

Ain, que lindo amore, sensível, maduro.. assim que eu gosto.

Postei no meu hoje, não é poema, mas acho que ta engraçado, rs. Passa lá.

Um beijão e até o próximo.