Desabafos de uma alma só por horas, mas sempre acompanhada, vivente na contradição.
Silêncio, breves momentos
Em lentos movimentos
As mãos serenas, quentes
No papel passa frutos das mentes
A leve chuva nas janelas
Molha os meus sentimentos
Os pingos apagam as velas
Da esperança dos bons momentos
Só me resta a cera derretida
Agonia espalhada no vão da solidão
O calor das saudades esvai-se, caída
Fica minha vida no frio chão
Dos sorrisos, as marcas no rosto
Das danças de alegria, o cansaço
Das lindas fantasias, o papel amassado
Da minha vida, eu, em pífio bagaço
Amo vossos corações, mesmo que não amem o meu.
Uli Teffann
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